Formalizar ou iniciar um negócio como Microempreendedor Individual (MEI) é um divisor de águas para muitos empreendedores. Esse passo costuma ser o primeiro e, à medida que o negócio cresce, pode se tornar necessário ir adiante e migrar de MEI para Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP).
Mas como saber como mudar de MEI para ME? Saiba como é possível identificar se a transição é indicada para o momento do seu negócio, assim como os principais benefícios e algumas dicas valiosas.
Os números ilustram uma realidade bem conhecida no país: o crescimento dos Microempreendedores Individuais. Segundo uma pesquisa do Sebrae, o total de MEIs aumentou cerca de 215% entre os anos de 2014 e 2022. Aliás, esse modelo representa 70% das empresas em atividade no Brasil.
Tal fenômeno pode ser relacionado à simplicidade de registro e aos baixos custos iniciais, tornando o MEI uma escolha atrativa para muitos empreendedores. Porém, conforme essas empresas prosperam e evoluem, surgem novos desafios e oportunidades. E isso inclui o próprio modelo de atuação.
Afinal, quando se fala em crescimento, principalmente financeira, a transição do MEI para Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) acaba sendo um passo inevitável.
Antes de realizar essa mudança, porém, o empreendedor precisa entender as diferenças dos modelos empresariais. Afinal, isso envolve aspectos legais e tributários.
Ou seja, se você quer evitar surpresas ou dores de cabeça nesse processo, precisa entender as principais diferenças entre eles, tais como:
A migração de Microempreendedor Individual (MEI) para o modelo de Microempresa (ME) envolve etapas e cuidados importantes, mas não precisa ser um bicho de sete cabeças.
Confira, a seguir, um passo a passo simplificado:
Antes de mais nada, certifique-se de que seu negócio atende aos critérios, como o valor máximo para faturamento anual e as atividades. Algumas delas não podem ser enquadradas como ME, como atividades financeiras e de capitalização, comércio de armas, munições e explosivos, por exemplo.
A próxima etapa é encerrar as atividades pelo Portal do Empreendedor ou com a ajuda de um contador.
Depois disso, é preciso registrar a Microempresa, o que envolve a elaboração de um contrato social ou do ato constitutivo - o que varia conforme a estruturação da empresa.
O passo seguinte diz respeito ao regime de tributação, que afeta diretamente a forma de pagar impostos. As opções geralmente incluem Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real.
Em alguns casos, é preciso também se registrar junto à Secretaria da Fazenda Estadual para obter a Inscrição Estadual. Também pode ser necessário obter uma inscrição municipal na prefeitura da cidade onde a ME está localizada.
Esse ponto inclui a emissão das notas fiscais, pagamento de impostos e as declarações exigidas pela lei. Também é importante manter a contabilidade em ordem, bem como ficar atento às obrigações fiscais e trabalhistas.
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Mudar de Microempreendedor Individual (MEI) para Microempresa (ME) pode ser uma decisão estratégica que impulsiona o crescimento do seu negócio. No entanto, é fundamental entender como essa mudança funciona e como aplicá-la à realidade do seu empreendimento.
Para isso, é importante avaliar os pontos de atenção listados e construir um planejamento bem estruturado para que a transição ocorra sem complicações. Com as informações que acabou de ler, você, empreendedor, estará melhor preparado para tomar essa decisão importante, garantindo um crescimento sustentável para seu negócio.
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