A expectativa para a Black Friday 2020 era grande. No comércio eletrônico, esperava-se que a edição fosse a data mais digital de todos os tempos.
Isso, graças ao aumento do número de pessoas comprando on-line e também da quantidade de negócios adicionando os e-commerces como um de seus pontos de venda. Justamente por isso, o faturamento na última sexta-feira de novembro ultrapassou os R$5 bilhões — o que representa um crescimento de 31% na comparação com o ano de 2019, de acordo com uma pesquisa da Neotrust em parceria com a Compre&Confie.
Por trás desses números, existe uma grande participação de algumas plataformas que têm se mostrado cada vez mais essenciais para o sucesso do e-commerce: as redes sociais. E a interação das empresas e dos consumidores na Black Friday 2020 ensina muito sobre o que podemos esperar para o marketing e as vendas em 2021.
Uma pesquisa da Comscore, especialista em marketing nas redes sociais, analisou a performance da Black Friday 2020 em plataformas como o Facebook, Instagram e Twitter. O estudo avaliou dados tanto no que diz respeito às empresas, quanto aos consumidores - e fez algumas comparações com o comportamento registrado na mesma data em 2019.
Alguns insights são extremamente importantes para quem investe no mundo digital na hora de vender seus produtos.
Confira:
É comum que as pessoas aproveitem a sazonalidade para adquirir, com ofertas mais vantajosas, alguns itens de desejo. Em 2020, as subcategorias que tiveram maior engajamento dentro da categoria retail na Black Friday foram, respectivamente: eletroeletrônicos, roupas e acessórios, móveis e eletrodomésticos, e supermercados/mercearias.
Em termos de faturamento, os segmentos de produtos que mais geraram receita foram: telefonia, eletrodomésticos e ventilação, informática e câmeras, entretenimento e móveis, construção e decoração.
A Black Friday de 2020 foi marcada pela antecipação dos descontos. O impacto foi sentido com o aumento das ações durante a semana que antecedeu a data. Em 2019, o ápice do total de ações em redes sociais se deu justamente no dia 29 de novembro, dia da Black Friday. Em 2020, por outro lado, esse ápice aconteceu no mínimo três vezes, sendo a última no dia 27, a própria sexta-feira.
Os números mostram a força das redes sociais na edição 2020: as principais marcas de varejo nas plataformas geraram mais de 1,4 milhões de ações em engajamento no dia da Black Friday. O resultado é 6% maior do que em 2019. O Instagram foi a rede social com o maior número de ações (78%), seguido pelo Facebook (16%) e Twitter (6%).
As ações de branded content sinalizadas (aquelas em que vemos “parceria paga com”) mensuradas no estudo da Comscore apontam 45 conteúdos produzidos tanto no Facebook quanto no Instagram com as palavras “Black", "Black Friday" ou "#BlackFriday”. As cinco marcas que mais produziram esse tipo de conteúdo foram: Samsung, Consul, Casas Bahia, Netshoes e Lojas Renner.
A Black Friday de 2020 também foi a edição dos influenciadores digitais. Ranqueando os produtores de conteúdo que melhor performaram em volume de ações com posts que continham as palavras “Black Friday", "Black" ou "#BlackFriday” entre 23 a 27 de novembro, temos: Wesley Safadão, Zé Felipe, Gabi Brandt, Grazi Massafera e Larissa Manoela.
Em 2020, as pesquisas de preços, marcas e produtos começaram mais cedo. O volume despontou já na terça-feira, dia 24 de novembro. Além disso, devido às medidas de isolamento social, a Black Friday na quarentena foi marcada por lojas físicas com pouco fluxo de consumidores e mais pesquisas on-line.
Com um público maior de olho nas promoções da data, houve também um aumento nas reclamações. Inclusive o termo "#BlackFraude" atingiu 37 mil posts, crescimento de 23% em relação a 2019 (30 mil posts). Ainda assim, o sentimento dos brasileiros foi positivo a 65% do total de posts da Black Friday, contra 35% com menções negativas.
Levando em conta os dias 26 e 27 de novembro de 2020, os objetos mais comentados em volume na Black Friday foram: vestuário (19%), smartphones (16%), games (16%), maquiagem (12%) e TV (11%). Como era de se esperar, um segmento que registrou baixa nas menções foi o de de viagens (-39%). Por outro lado, Kindle (+200%) e Games (+75%) aumentaram suas buscas.
Assim como os objetos de desejo citados, os serviços de Delivery de comida também se destacaram. Foram 24 mil posts no dia 27, registrando um crescimento de 200% em relação às duas sextas-feiras anteriores do mês de novembro. iFood foi a marca mais citada entre os consumidores brasileiros, seguida por Uber Eats, Rappi e 99 food.
Esses tópicos mostram uma movimentação do comércio eletrônico em uma data tão importante como a Black Friday em um ano tão atípico. As vendas on-line deram boas-vindas a novos consumidores e lojistas, registrando um crescimento que só deve continuar em 2021. E as redes sociais são protagonistas nesse cenário, tanto no que se refere ao marketing, quanto nas vendas em si.
Certamente, há diversas oportunidades a se explorar, principalmente quando se fala em social selling e plataformas digitais. Além disso, saber como gerar link de pagamento pode te ajudar a ter sucesso nessa data. E nada melhor do que contar com o Mercado Pago para isso.
Fique atento a esses insights e entenda como eles podem impactar o sucesso do seu negócio em 2021.
💡Leia também
Tabela de frete: o que é e como ela impacta no preço dos envios
8 razões para cobrar com link de pagamento Mercado Pago
6 estratégias para vender nas redes sociais durante a Black Friday
Como usar o link de pagamento em sua loja digital de forma segura